quarta-feira, 16 de julho de 2008

Caros, apartir da correspodência cursada (de João, Barrão, Lívia, Tatiana, Raul) já dá para ver que a idéia de Travessias toca um fundo valioso, não é meramente um recurso para uma agrupação estética. Isso foi bem visto por Amanda e Luiza no começo, e depois mais claro fazendo o projeto com elas, pois é uma coisa tentadora que o conhecimento -como fala Tatiana ou João- esteja tão vinculado a processos de afeto, de proximidade, de escuta do outro. A trama é tão maior, que tudo parece ser um ponto de partida (poderia ter mais jogos de relações, sim, abrir mais o leque de conversas) para algo que pode vir a ser mais. De qualquer forma, o que temos e vemos agora é uma intensificação dessas relações com exemplos precissos, e isso já é emblemático. Há algumas duplas, que estabeleciam alguns pilotis, mas também há correntes de três seguidas como um moto continuo (Lívia, Marcos e Fernanda) e há uma situação "de iguaria" de João inscrevendo-se no binomio Neto-Carlão numa triade rara, e generosa. Eu já estou com o texto do folder escrito há alguns dias e todo se sintoniza nesse espírito. Barrão escolhendo bandeiras marítimas para ser Barraul, criar um movimento de sinais com Raul, interconexões de signos, Brigida respeito a Edu, com uma surpresa sintética e própria de linguagens-mundos comuns (terras e ceús ligados), ou Lívia com um trabalho que poderia presentear a Marcos se não fosse que tem uma marca estranha para ser só isso. Há em tudo o que vou vendo e conversando uma distância mínima para saborear a aproximação. Assim como João falou dos afetos como patrimônio e o melhor trabalho de Travessias, algo inaúdito nos últimos tempos, eu lembrei de uma frase de Lula Vanderlei que dizia que a arte é uma das melhores formas de fazer amigos. Eu sempre imaginei que todas as formas entranham espiritus, afetos, pulsões em jogo...uma roda em movimento, abraços, Adolfo




Abraços, Adolfo

cortes







Respondendo à pergunta do João, o Espaço em branco entre 4 paredes é anterior sim, mas o trabalho de Londres, Partition que é de 2004, só tem espelhos por dentro de um dos lados - eu não queria aquela repetição em cima de repetição. E o lado de dentro que é espelhado fica virado para a entrada, e só que vai até o outro lado vê que tem um espelho por dentro também - e dali pode se ver refletido com um furo reletindo o espaço do outro lado ou mesmo com pedaço do corpo de alguém que esteja do outro lado.
Bjs,
T.

Encontro I

Pessoal,

Foi comentado durante a reunião na Caixa Cultural (aliás, no restaurante da frente) que faríamos um encontro entre artistas e equipe antes da abertura da exposição.
Falamos também em gravar o encontro para, quem sabe, transcrever algumas partes no catálogo.
Gostaria de propor um primeiro encontro por esses dias (para dar um gás nas propostas e no conteúdo que está abastecendo este blog) e outro mais próximo da abertura da exposição (após o 8 de agosto, quando o Marcos já estará de volta).
Acho que seria mais interessante se nos reuníssemos em alguma casa, ou ateliê, para gravarmos as conversas e tirarmos fotos. Alguém se habilita a disponibilizar o espaço?
Minha sugestão inicial de data é quarta-feira que vem, dia 23/07.

O quê acham?

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LB