terça-feira, 29 de julho de 2008
atravessamento afetivo
Depois do nosso encontro na casa da Daisy saí pensando que sempre haverá espaço para novas idéias, outras proposições,... mas agora a experiência que estamos envolvidos é esta de ser travessia-carioca. Acho bacana ser um projeto carioca, somos vizinhos, temos, mesmo com nossas diferenças, um atravessamento afetivo,
e esta é a grande particularidade desta exposição. Gosto muito da idéia também de um espaço para livros, catálogos e referências para consultas assim como o blog aberto a outras participações. Abraço a todos, Brígida
segunda-feira, 28 de julho de 2008
atravessamento 1
visita ao atelier do Barrão 2
sobre abrir o blogue
visita ao atelier do Barrão 1
a propósito do título
sábado, 26 de julho de 2008
sexta-feira, 25 de julho de 2008
aí está meu trabalho, já visto e aceito pela lívia.
mede 105 x 210 x 1cm
material: tecido de algodão, tubo e fios de cobre, pregos
a foto está muito ruim, a parede é branca!, espero que sirva ao menos para dar uma idéia.
tive a intenção de retomar alguns elementos de antigos trabalhos da lívia, especialmente cor, construção e estrutura. saíram referências muito fortes a antonio dias e palermo, algo também de obras que vi recentemente de rauschenberg, uma pitada de oiticica?
estas referências estão escrita à lápis na parede. outras serão bem-vindas, assim como os comentários de vocês. penso que pode casar bem com as bandeiras que o barrão está trabalhando.
há muito assunto, e vontade de síntese!
bom fim de semana, beijos, fernanda
encontro - reflexões da luiza
1.2 // Peço que, a partir de hoje, nos mandem fotos dos trabalhos prontos (Fernanda, por exemplo) ou em andamento, ou qualquer imagem que possa servir como divulgação da exposição, já que as obras serão "incertas" até a inauguração..... Não se esqueçam que vocês podem postar essas fotos aqui também, mas para a divulgação impressa, precisamos delas em alta resolução (aproximadamente 10 x 15 cm a 300 dpi). Adolfo, você também pode e deve incluir as fotos das visitas aos ateliês no blog, assim poderemos acompanhar o seu roteiro =]
1.3 // Afinal, qual é a decisão do grupo: ABRIMOS OU NÃO O BLOG?
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Obrigada a todos pela noite de hoje, especialmente a Daisy e Marcia com o caldinho verde delicioso!
Grande beijo,
LB
encontro
Estou chegando em casa depois do nosso encontro e na empolgação, escrevo pra dizer que achei muito bom e acho que deveríamos tentar outros. Penso que nossa exposição está aí. Não na discussão do que efetivamente vai ser feito, mas nesta troca mais sutil que acontece no que não é dito [e também no que é], mas sentido, em todas as dimensões...
beijos e abraços,
J.
quinta-feira, 24 de julho de 2008
texto folder
De
Há,
Adolfo Montejo Navas
Bandeiras
Falamos das pinturas geométricas q remetem a sinalização urbana e dos cartões vermelho e amarelo mas tua opção pelas bandeiras também se aproxima da série de trabalhos que chamo de Fitografias. (Mostrei algumas na Lurixs ano passado e em Lisboa na 3+1). Antes de construí-las em fórmica faço colagens de fitas adesivas sobre papel mesmo.
E o encontro hoje? Vai rolar??
segunda-feira, 21 de julho de 2008
cheguei!!!!!!!
sexta-feira, 18 de julho de 2008
quebrando a cabeça
Oi Edu, bacana, eu também gosto muito dos seus tacos! Legal ouvir notícias, que bom que as imagens ajudaram. Não tive muito sucesso com o corte de espelhos de vidro - ainda vamos fazer um teste.
Queridos Tati e Adolfo,
ando meio encolhido em casa, mas ligado em todas as conversas.
Achei ótimo a Tati me mandar aquelas imagens. Sempre adorei esse trabalho do puzzle, acho que tem a ver com coisas que eu penso (cá entre nós, sempre pensei que é um trabalho que eu gostaria de ter feito... e... olha aí a chance!). Ele tem a fluidez, que permeia os trabalhos da Tati, uma coisa derretida, escorrida, mas é metal, tem dureza na própria aparência. Só aí já é um paradoxo que me interessa muito, além disso tem uma estrutura na superfície, os encaixes perfeitos do quebra-cabeça, a idéia do jogo. O que será dessas peças se elas se separarem? A poça vira um monte de objetos a procura de um encaixe para assim poderem fluir novamente... É muito legal. Com essas imagens/idéais na cabeça pensei num cruzamento que me parece apropriado. Vou construir uma superfície com tacos de pisos (tais quais os das minhas Peças de Chão que mostrei no Paço), cobrindo uma área no chão da exposição, num formato que remeta a esses desenhos fluidos da Tati. Aqui é um quebra-cabeça de peças que se juntam para sugerir um espaço/ambiente - um novo chão sobre o chão da exposição. Pensei também em abrir alguns furos nessa superfície que possibilitem 'entradas' ou 'saídas' entre essas duas situações. Penso aqui nos espaços reclusos e aberturas nos ambientes da Tati. Quando desenvolver o desenho eu mando.
Beijos e abraços,
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Abraços, Adolfo
cortes
Encontro I
Foi comentado durante a reunião na Caixa Cultural (aliás, no restaurante da frente) que faríamos um encontro entre artistas e equipe antes da abertura da exposição.
Falamos também em gravar o encontro para, quem sabe, transcrever algumas partes no catálogo.
Gostaria de propor um primeiro encontro por esses dias (para dar um gás nas propostas e no conteúdo que está abastecendo este blog) e outro mais próximo da abertura da exposição (após o 8 de agosto, quando o Marcos já estará de volta).
Acho que seria mais interessante se nos reuníssemos em alguma casa, ou ateliê, para gravarmos as conversas e tirarmos fotos. Alguém se habilita a disponibilizar o espaço?
Minha sugestão inicial de data é quarta-feira que vem, dia 23/07.
O quê acham?
--
LB
terça-feira, 15 de julho de 2008
A história do pó
A história do pó
Até onde é possível fragmentar? E depois de tudo fragmentado como voltar à totalidade? Da insignificância se pode retornar ao mundo significante? Fernanda Gomes submete seus objetos a um teste dessa ordem. Recolhe aquilo cujo destino é a insignificância. Coisas mínimas, irrisórias, quase imperceptíveis, raramente observadas são colocadas no lugar daquilo que merece uma atenção. Retiradas da insignificância e deslocadas para uma única função: serem vistas. Pois o olhar parece ser a única forma de tocá-las, o único possível contato antes que desapareçam. Por isso amarrar, colar, enrolar, juntar. Todas essas ações são modos de estabelecer uma coesão, evitar uma fragmentação maior e tentar dar um significado ao insignificante. Aqui, ali, acolá, mais próximos ou mais distantes, ora sugerindo um movimento ou um ruído, buscam juntos evitar afundar novamente no nada que é o lugar de onde vieram.
Quanto maior a fragmentação maior a perda de sentido, quanto maior a perda de sentido maior a presença do nada. Aqui cada um dos fragmentos sofre uma espécie de restauração e resignificação. Interrompido o processo em direção à insignificância permanecem num limite entre ser e não ser. Diante deles somos tomados por um certo estado de perplexidade. Pois é isso que o trabalho realiza, fazer de fragmentos coisas aceitando-os enquanto tal, fragmentos que continuam a ser, objetos indefinidos. Organizá-los no espaço de exposição é também uma forma dejuntar, colar, amarrar, resignificar. Fazer dos fragmentos uma totalidade outra, inédita, cujo sentido é apresentar a permanente e cotidiana ameaça do nada que existe e não percebemos – contar uma história a partir do nada que ameaça a História. Juntar, colar, amarrar são ações históricas quando só restaram fragmentos. O trabalho se utiliza da técnica do pó, e seu instante ótimo é quando a menor partícula material do ambiente humano passa de imperceptível a perceptível, quando cada um dos objetos oferece o seu quantum mínimo de significação e irradia um máximo de atenção. São objetos que tendem a desaparecer com a distância; aproximação e afastamento estabelecem a dinâmica do encontro com esses pós-readymades, que chegaram a pós sem nunca ser readymades. A desproporção entre a insignificância dimensional da coisa e a demanda de atenção que ela exige é a contrapartida autêntica à incessante hiper saturação aniquilante do ambiente cotidiano contemporâneo - por isso um pequeno mostruário arqueológico sem arché; limite último da circunferência sem centro; maior afastamento de qualquer princípio vigente. Duvidamos em que direção seguir a partir desses objetos; de onde viemos, onde estamos, para onde vamos, mais uma vez.
A parte sem o todo; é o que se anunciam: o todo desapareceu, a totalidade não é mais possível. Esses objetos se fundam na atualidade, nas micro ruínas do aqui e agora e testemunham o estrato inferior de uma história material da cultura contemporânea, o seu nível randômico elementar e desprezado, fronteira indistinta – como o pó – entre natureza e cultura na era da tecnologia mais avançada. Objetos cifrados de uma civilização pós-nuclear que falam, agora, de uma pós-história que só pode ser reconstruída a partir do pó – a história do pó. Tão frágeis, tão delicados e tênues por que assim antecipam e se oferecem como a antevéspera da destruição. Pode não parecer mas esses pequenos trabalhos não estão muito distantes das monumentais telas de Anselm Kiefer. É que eles ficam no outro extremo da parábola da destruição. Não têm a dimensão do monumento, mas a do dia a dia e dos objetos heróicos do cotidiano.
Paulo Venancio Filho
segunda-feira, 14 de julho de 2008
atravessamentos
Planta da Galeria 2
ímpar par
até agora não entendi muito bem a matemática que faz com que havendo 12 artistas desenvolvendo trabalhos em "duplas", ou aos pares ( na verdade dupla aqui não diz nada, mas serve para abreviar o 1 em relação ao outro), você tenha ao mesmo tempo ficado sem par e fazendo par com outro par!
Eu estava preocupada com isso, de não ter ninguém fazendo o seu trabalho, fiquei me perguntando se eu conseguiria fazer (acho que não) ou se não estaria faltando alguém na lista (acho que sim). Mas agora, ao me dar conta deste enigma e da sua beleza ímpar, começo a achar que faz todo sentido esse desencaixe é muito mais interessante, ele é o elemento perturbador que não deixa parar, estagnar, cristalizar, emoldurar, etc é o vade retro do idílio, é o elemento cinético, o agudo. ih, me empolguei, paro por aqui mas continuo pensando, ainda tem muito assunto.
Um beijo,
Livia
Barrão manda noticias por email
> Oi Raul
> Comprei as bandeiras!
> Elas são de sinalização marítimas me lembram também os cartões vermelho e
> amarelo e a linguagem de códigos.
> Agora tenho elaborar um pouco mais a ideia de como trabalhar essas
> bandeiras, surgiram novas ideias!!
> Hoje elas vão para a lavaderia!
> Valeu !
> Grande Abraço,
> Barrão
>
abraco a todos
Fico pensando se não são mesmo as nossas vivências em comum – ou não – o que estamos buscando neste projeto. Este exercício de pensar no trabalho do outro, pelo que posso perceber nos depoimentos do Raul, da Tati, e no que tenho pensado, me parece – além de resolver uma proposição – um exercício de lembrar vivências comuns: atravessamentos poéticos, atravessamentos afetivos. Quando o Raul fala de ter visto um determinado trabalho no atelier da Daisy, lembrei dos trabalhos que vi lá quando estive em reuniões onde outros artista envolvidos neste projeto também estavam e dos comentários que fizemos.... está tudo emaranhado....
Apesar de procurar me focar no que me propus – fazer dupla com a dupla Carlão-Neto – este projeto tem me levado a lembrar. Talvez pq meu maior estímulo seja o fato de conhecer os artistas envolvidos, que são amigos de longa data – alguns muito próximos. Penso que talvez o mais interessante seja ampliarmos estas duplas, deixá-las mais ambíguas, mais triplas, quádruplas....
Gosto mesmo dos afetos sinceros que trocamos entre nós. Talvez seja este o melhor 'trabalho' desta exposição.
A Luiza fala em 'cumplicidade, amizade e anos de histórias públicas e privadas'. Adolfo fala que 'o fundamento do projeto é intercambiar poéticas'. Penso que isto deve acontecer de forma ampla!
Abraço a todos!
domingo, 13 de julho de 2008
Um telefonema no meio do domingo e um filme no fim
PS:
Acabei o domingo no cinema assistindo o excelente filme do Schnabel O Escafandro e a Borboleta. Nervoso, envolvente, tenso e triste. Uma puta história contada com sensibilidade e competência. Recomendo aos amigos.
Vale lembrar que o filme rendeu a Schnabel o prêmio de direção no Festival de Cannes 2007 e no Globo de Ouro deste ano além de 4 indicaçoes ao oscar (melhor direção inclusive).
sexta-feira, 11 de julho de 2008
objeto para atravessamentos subjetivos
Lendo o texto do Adolfo sobre o título, lembrei-me de um texto do manovich (What comes after remix?) em que fala do remix como prática corrente na música mas ainda percebida como violação de direitos autorais em outras áreas. Nas artes plásticas, diz ele, a apropriação não implica num retrabalhar a fonte, o efeito estético resultando basicamente da transferência de um signo cultural de um contexto a outro, sem maiores modificações. O que eu acho mais divertido aqui é a possibilidade de modificar na própria fonte, ou naquilo que a gente imagina que seja. Gosto da idéia de camuflagem, de mimetismo, apesar de achar também interessante a idéia de mistura, talvez mais próxima de um remix imaterial, em que você já absorve e transforma ao mesmo tempo. Acho que coincidência de olhares também é bom de pensar.
bjs
L
quinta-feira, 10 de julho de 2008
containers
sutura
os estudos em foto foram feitos em 2006, assim que saiu a escalação.
Eu estava expondo os trabalhos das peles, Peles (tear) e Pele (corpo), pensando sobre superfícies, corpos e fragmentos.
Fiquei me lembrando de vários trabalhos do Barrão, especialmente um desenho/colagem um papel rasgado colado com fita metálica prateada - acho que estava na Educação, Olha!, na Gentil.
O Barrão viaja na 4ª e combinamos de nos falar no sábado, o que você acha Adolfo?
Bjs,
T.